Estamos no período eleitoral, onde os ânimos estão acirrados, por candidatos na busca de votos e pelos eleitores na dúvida acerca de quem votar. Portanto, nesta correria, muitos nem chegam a saber o verdadeiro significado das eleições, seu papel como eleitor e a função de um candidato eleito.
O preâmbulo da nossa Constituição Federal, vem dizendo que: “Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.”
O Brasil, formado pelos Estados e Municípios e pelo Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito (Art.1º, CF), no qual “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição” (Parágrafo Único do Art.1º CF).
Fazemos parte de um regime de governo chamado Democracia. Portanto, o que vem a ser esta real democracia?
“Democracia ("demo+kratos") é um regime de governo em que o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo), direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos — forma mais usual. Uma democracia pode existir num sistema presidencialista ou parlamentarista, republicano ou monárquico.
As Democracias podem ser divididas em diferentes tipos, baseado em um número de distinções. A distinção mais importante acontece entre democracia direta (algumas vezes chamada "democracia pura"), onde o povo expressa a sua vontade por voto direto em cada assunto particular, e a democracia representativa (algumas vezes chamada "democracia indireta"), onde o povo expressa sua vontade através da eleição de representantes que tomam decisões em nome daqueles que os elegeram.” (Definição extraida do site da wikipédia)
No Brasil, a democracia é indireta representativa, na qual o povo expressa sua vontade através da eleição de seus representantes, para que estes tomem decisões em nome daqueles que os elegeram.
Logo, não devemos dar o nosso voto para aqueles que não podem ser nossos representantes, aqueles que não coadunam com nossos ideais, crença e/ou pensamentos. A escoha deve atentar-se para que, se eleito, tal candidato possa efetivamente nos representar. O candidato escolhido terá que ser aquele que irá levantar a nossa bandeira, levando o nosso pensamento e não o contrário, como temos visto na atualidade.
Temos visto pessoas que levantam a bandeira de um determinado candidato, passando a representa-lo, quando na verdade quem deveria ser representado era você pelo candidato, lá naquela cadeira que ele irá ocupar.
As eleições vem como uma grande oportunidade para que o povo possa colocar no poder aquele que de fato poderá ser seu representante. O ideal seria que cada classe social, cada grupo de pessoas, pudesse ter seu representante no governo, pois é esta a proposta constitucional. Portanto, infelizmente, devido a inversão de valores com que o mundo passa, nem sempre este modelo é efetivado, posto que uma maioria acaba ficando excluida do poder, como meros expectadores, em detrimento de uma minoria que faz o que quer.
Vejo que a culpa não é do sistema e sim do povo que por falta de informação ou inteligência, acaba sendo incapaz de se organizar e eleger um representante, que venha realmente representar seus ideais sociais e políticos na defesa de seus interesses.
O que todos precisam entender é que cada candidato eleito para um determinado cargo político, nada mais é do que o seu representante ali naquele lugar. Principalmente os candidatos eleitos para o legislativo (Deputado Federal, Deputado Estadual e Vereadores), os quais tem por obrigação, defender os interesses dos seus eleitores fazendo valer seus princípios e idéais, lutando e brigando para fazer valer os interesses daqueles que lhe garantiram o mandato.
Logo, se você elege alguém que não possui os seus ideais, os seus princípios, você não estará elegendo o seu representante. Estará mais uma vez sem representação política, e mais uma vez "chorando" insatisfeito com idéias lançadas, votadas e aprovadas no legislativo, que não coadunam com aquilo que você gostaria e pensa ser moral ou ideal.
Agora se você entrega seu voto à quem tem seus princípios, ideais, crença e defende uma ideologia aprovada por você, provavelmente você estará sendo representado politicamente. Se votamos em qualquer um que não defende os nossos interesses estamos colocando uma mordaça em nossa boca. Estamos tirando a nossa voz e dando a outra representatividade que não defende os nossos interesses peculiares.
Muito já escutei falar nas igrejas, que os cristão são esquecidos, que não tem portas abertas e que alguns projetos de lei vão de encontro com seus princípios. Sem contar as diversas campanhas de oração, para que determinados projetos, que não coadunam com nosso credo, não sejam aprovados. Acredito que agora é o grande momento de mudarmos de vez com esta realidade, colocando no poder, pessoas que possam defender a nossa bandeira. Está na hora de nos posicionarmos como Cristãos, elegendo aqueles que irão efetivamente ser nossos representantes.
Por esta razão, nestas eleições, vote em quem comunga dos seus princípios e da sua fé. Vote naquele que irá defender aquilo que você defende. Vote em quem poderá levar as suas idéias pra frente. Não troque seu voto por acordos e manobras, que amanhã serão esquecidas, elas podem ser irreversíveis por mais quatro anos. Vote em alguém especial e capaz de te representar.
Pode ser que isso não de certo, mas só vamos saber se tentarmos. Tente desda vez e mude algo.
Ariani Afonso Nobre
membra da MILO
